Na trilha de nomes de grande expressão da literatura de cordel brasileira, como Patativa do Assaré, Mestre Azulão, Cego Aderaldo e Jessier Quirino, foi que Isaías Neres publicou na noite da ultima quarta-feira (23.11), o livro Le literatura de cordel intitulado O temido sargento Furrupa e o valentão Fogoió, que conta em ritmo descontraído, com bom humor e linguagem popular as aventuras e desventuras de dois lendários personagens da recente história do município de Buriticpu.

            O lançamento do livro do estudante de Licenciatura em Biologia do Campus Buriticupu, Isaias Neres, movimentou a rotina da Praça da Cutura, que contou com a presença de inúmeros estudantes da rede pública e privada do município, além de professores, autoridades políticas locais, populares, colonos que testemunharam os fatos registrados nessa obra, como o senhor Moisés Medrado, e a população assistiu ainda a apresentação da Banda Municipal de Buriticupu.
           
            Ambientado na década de 70, em um simples povoamento rural do Maranhão e com a ditadura militar sendo o plano de fundo dos fatos, foi nesse clima propício, que o sargento Furrupa colocou em prática todas as bizarrices que se tem registro por essas bandas, como se pode notar nas encomendas de morte de colonos, prisões, torturas físicas e psicológicas, espancamentos e até mesmo execuções sumárias.

            Em meio ao universo de colonos ávidos por justiça social, surge o valentão Fogoió que desafia, com muita audácia e uma peixeira na cintura, toda estrutura da segurança pública da colônia de Buriticupu, sobretudo, Poe em questão o até então poder absoluto do Delegado Furrupa.

            O desfecho da estória entre o poderoso sargento e o anti-herói popular só será revelado através da leitura integral da obra, mas nós deixamos o aperitivo para que todos leiam essa significativa manifestação da cultura popular maranhense.
                                                                                                                                           Joildo Oliveira