Quatro vetos
presidenciais deverão ser votados no dia 18 de fevereiro. Segundo o
líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), haverá
reuniões de lideranças na próxima semana para tratar das estratégias de
votação. O acordo para a votação das matérias ocorreu em reunião com
líderes da Câmara e do Senado realizada nesta quinta-feira, 30 de
janeiro.
O veto total ao
substitutivo da Câmara que estipulava novas regras para a criação,
incorporação, fusão e desmembramento de Municípios é o item mais
polêmico na pauta do Congresso. A proposta, de autoria do senador
Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), possibilitaria, em tese, a criação de
aproximadamente 400 novas cidades no país.
Para o governo, o texto
contraria o interesse público, na medida em que expansão do número de
Municípios resultaria em aumento de despesas, sem a contrapartida de
receitas. De acordo com o Planalto, com o crescimento de Municípios
brasileiros, haveria uma pulverização na repartição do Fundo de
Participação dos Municípios (FPM).
A Confederação Nacional
de Municípios (CNM) destaca, entretanto, que a matéria dificulta
bastante a criação de novos Municípios, pela rigidez das normas e regras
instituídas. Pelos dados da entidade, 45,2% dos atuais Municípios
brasileiros não atenderiam à determinação, e não poderiam chegar à fase
de realização do estudo de viabilidade, que é uma das etapas do
processo.
Segundo estudos feitos
pela Confederação, os Municípios se desenvolveram mais a partir da
emancipação política do que na época em que eram distritos. “Em quase
100% dos casos, diminuíram os índices de mortalidade infantil, evasão
escolar. O acesso aos serviços é maior”, destacou o presidente da
entidade, Paulo Ziulkoski.
Outros vetos
Deputados e senadores
também vão analisar os vetos sobre o repasse de recursos públicos às
universidades comunitárias; o que normatiza a travessia de pedestres
próximos às escolas; e o que regula a condução de veículos de
emergência.
“Eu diria que todos os
vetos, dependendo do entendimento da base, eles têm um determinado
resultado. Nós fizemos sessões em agosto, setembro, outubro, novembro e
dezembro e mantivemos todos os vetos após um acordo com a base aliada”,
disse Pimentel. (Agência CNM/ Agência Senado)
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