Por Linhares Júnior
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Eu sei identificar um imbecil porque já fui um dos piores tipos. Daquele tipo fanático bem cretino mesmo.
Tem gente que diz “não se arrepender de nada que fez na vida”. Ou é mentira, ou essa pessoa não tem memória. Eu me arrependo, no mínimo, de 30% do que fiz na vida.
Em 2001 eu vibrei com os ataques do 11 de setembro.
Vibrava com as pessoas pulando do prédio e gargalhei quando tombaram. A galera no partido também pirou. Acho que até bebemos pra comemorar.
Eu era filiado ao PCdoB.
O engraçado é que a UNE vivia fazendo campanha pela paz. O fato é que quase todo mundo envolvido com política na Ufma gostou. Uns mais, outros menos.
Como eu era imbecil, como eu era alienado, filho da puta e mesquinho.
Achava ser um revolucionário, mas era apenas mais uma cabeça de gado no rebanho. Comemorando a desgraça de gente que nada tinha a ver com minha miséria intelectual.
Lembrei disso vendo os comentários positivos e as comemorações em relação ao assalto da filha de Roseana Sarney.
Isso não é uma crítica, é apenas uma memória das tantas nojeiras que eu fiz no passado.
Lembrar é um exercício de maturidade pessoal…