Não se tem conhecimento da existência de algum outro bosque de floresta pré-amazônica no Estado do Maranhão além do Bosque Maracajá, que ainda sobrevive no centro da cidade de Buriticupu 417 km de São Luis.

No ano 1973 - há exatos 42 anos -, ao iniciar ali um projeto de colonização, o saudoso governador do Estado Dr. Pedro Neiva de Santana, juntamente com sua equipe técnica, teve a ideia de preservar daquela mata virgem, escura e temível, uma área verde no centro da localidade. 

Nas demais áreas, só se aventuravam a entrar caçadores profissionais, habituados a mergulhar naquele labirinto natural repleto de feras, cipós, galhos e espinhos.

Ao lado daquela área verde privilegiada, o governador Pedro Neiva de Santana determinou que fosse construído o Palácio Maracajá, local que o abrigava juntamente com sua equipe, quando por aqui passavam. 

Aliás, todos os membros daquela equipe apreciavam o local pela agradabilidade do clima e pelo privilégio de poder descansar ouvindo o cantar dos pássaros no bosque.

 Foram preservadas várias espécies de árvores ali encontradas, dentre as quais pode-se citar: cedro, maracatiara, jatobá, faveira, angico, angelim, tatajuba, sapucaia, ipê e maçaranduba.

 Também existia ali uma grande variedade de aves, como: papagaios, corrupiões, jandaias, curicas e até tucanos. Uma verdadeira harmonia entre fauna e flora.

O bosque foi chamado de “bosque dos amores”, por ser um recanto apreciado por casais de namorados.

Por Isaias Neres Aguiar