O Supremo Tribunal Federal (STF) tomou hoje (10) uma
decisão que pode garantir ao atual secretário de Estado do Trabalho e Economia
Solidária do Maranhão, Julião Amin (PDT), uma vaga de deputado federal e,
consequentemente, tirar do mandato o deputado Alberto Filho (PMDB).
A decisão envolve os votos do ex-prefeito de Porto
Franco, Deoclides Macedo (PDT).
Em sessão plenária, os ministros do STF decidiram,
por 6 votos a 5, que apreciação final das contas de prefeitos deve ser
feita mesmo pelas Câmaras Municipais, não pelos Tribunais de Contas.
Ocorre que Deoclides foi candidato a deputado federal em
2014 e não teve os votos contabilizados justamente porque teve contas rejeitadas
pelo TCE-MA – mesmo aprovadas pela Câmara de Vereadores de Porto Franco
onde foi prefeito.
Ele obteve na ocasião 56.171 votos (veja totalização
abaixo), que, se computados, mudariam o número de eleitos por
coligação, o transformariam em primeiro suplente e garantiriam a vaga
direta a Julião Amin.
Com o cancelamento dos votos (reveja), Alberto Filho conseguiu a vaga direto,
Julião virou apenas suplente e Deoclides, nada.
Com a decisão de hoje Alberto Filho deve acabar “caindo” para a
primeira suplência e, em tese, ficaria fora do mandato.
Ocorre que, mesmo sendo primeiro suplente
ele permanece na Câmara.
Por quê?
Porque na coligação de Alberto Filho o deputado federal
Sarney Filho (PV) saiu do mandato para assumir o Ministério do Meio Ambiente do
governo Michel Temer (PMDB).
Assim, foi convocado para tomar posse o então primeiro
suplente Davi Alves da Silva Júnior, o Daviznho (PR).
por Gilberto Leda / Jo Fernandes
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