
De acordo com as investigações, no dia do crime o filho
estava junto ao pai e não havia mais ninguém no local. Portanto, as informações
iniciais que indicavam a presença de dois homens em uma moto no assassinato do
ex-prefeito é falsa.
"Não houve confirmação de nada disso. O pai saiu com
o filho em um carro. A parada para necessidade fisiológica não se confirma. Ele
não desceu do veículo e recebeu o disparo dentro do veículo e veio a
óbito", declarou.
Além disso, após a morte de Mariano de Sousa o veículo em
que os dois estavam não seguiu direto para o hospital, o que torna o filho dele
ainda mais suspeito.
"Um momento um pouco depois da saída da casa, algo
estranho é que o veículo com os dois não segue direto para o hospital. O
veículo volta, segue pelo condomínio , depois vai até a casa de uma terceira
pessoa e só aí chega ao hopital 38 minutos depois do evento . Uma pessoa
baleada necessita de um socorro imediato, e esse tempo - que seria de 5 minutos
do local do crime até o hospital -, não aconteceu. Após o crime o carro ainda
circulou pelo condomínio com a vítima no banco do carro, quando o natural seria
seguir imediatamente para o hospital", afirmou.
Ainda segundo o Secretário, logo após uma missa no
velório do ex-prefeito, Mariano Júnior saiu e não foi para o cemitério
acompanhar o enterro do pai. Por conta dessas informações, Mariano Júnior é
considerado o principal suspeito do crime. Neste momento a cidade está cercada
e o filho do ex-prefeito é considerado foragido.
Prisões
"Os mandados foram cumpridos esta noite em relação a
duas pessoas. Uma é um vaqueiro, Luzivan, que tomava conta do gado junto com
ele; e o outro é o David, que foi a pessoa que levou o carro para que fosse
lavado e retirado o sangue dos bancos. Os bancos foram retirados, colocados
fora e lavados porque havia uma quantidade de sangue. Isso antes da perícia.
Portanto ele (David) que conduziu o carro também foi preso porque isso é uma
obstrução da investigação criminal. O terceiro amndado é do próprio Mariano
Júnior", declarou o secretário.
As prisões decorreram das investigações da
Superintendência Estadual de Homicídios e Proteção a Pessoa (SHPP) com a
delegacia regional de Barra de Corda, mas os dois ainda não foram ouvidos.
Entenda o caso
Manoel Mariano de Sousa, conhecido como Nenzim, foi
assassinado com um tiro no pescoço, na manhã dessa quarta-feira (6), na zona
rural de Barra do Corda, a 341 km de São Luís. Ele foi encaminhado a Unidade de
Pronto Atendimento (UPA) de Barra do Corda e em seguida, transferido para um
hospital no município de Presidente Dutra, mas acabou falecendo.
Segundo uma das filhas do ex-prefeito, Sandra
Helena, a
família estava desesperada por respostas. Após a morte do ex-prefeito
e antes do velório do corpo, familiares procuravam entender o que teria
motivado o assassinato. Dias após a morte de Mariano de Sousa, a Secretaria de
Segurança Pública do Maranhão informou que, diante das investigações, pediu à
justiça pelo mandado de prisão do assassino do ex-prefeito de Barra do Corda.
Do g1, Por Rafael Cardoso, São Luís
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