
A investigação, iniciada em 2017, revelou existência de conluio
entre empresários do setor madeireiro e servidores públicos da SEFAZ e do IBAMA
para viabilizar o comércio e transporte interestadual de madeira sem origem
comprovada. O transporte e comercialização ilícitos era lastreado em Documentos
de Origem Florestal inidôneos, e em notas fiscais produzidas com informações
falsas sobre quantidade, espécie e valor da mercadoria.
Também foi identificado esquema de pagamento de propinas a
agentes públicos responsáveis pela fiscalização tributária e ambiental,
atraindo a incidência dos delitos de organização criminosa, falsidade
ideológica, uso de documento falso, inserção de dados falsos em sistemas,
corrupção ativa e passiva, prevaricação, facilitação ao descaminho e sonegação
de tributos.
A ação de hoje, que conta com a participação de 125 policiais
federais de diversas unidades da Federação tem como objetivo dar cumprimento à
29 mandados de busca e apreensão, 8 mandados de prisão preventiva e 9 mandados
de prisão temporária expedidos pela Subseção Judiciária Federal em Parnaíba. Os
mandados estão sendo cumpridos nos estados do Piauí, Pará, Maranhão e Bahia.
Também foi determinada a apreensão de veículos usados para
viabilizar o transporte de madeira, indisponibilidade de bens imóveis e
bloqueio de ativos financeiros dos principais envolvidos. O cumprimento
dos mandados contou com participação de Analistas do IBAMA e da Corregedoria do
2º Batalhão de Polícia Militar em Parnaíba.
O nome da Operação é em alusão ao conjunto arquitetônico situado
na ilha de Khizi/Rússia, composto por três edifícios eclesiásticos construídos
apenas com encaixe de toras de madeira de pinheiros, sem a necessidade de uso
de pregos ou parafusos, eleito como Patrimônio Mundial da Unesco em
1990.
Será
concedida entrevista coletiva às 10:00 desta quarta-feira (03/04) no auditório
da Delegacia de Polícia Federal em Parnaíba
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