O Blog Jo Fernandes foi procurado por um de seus leitores na tarde da última terça-feira(23), para fazer uma denúncia de que estaria ocorrendo uma tragédia ambiental no município de Bom Jesus das Selvas, segundo nossa fonte, trata-se de uma APP- Área de Preservação Permanente, localizada na Amazônia legal no estado do Maranhão daquele município, que estaria sendo cruelmente desmatada desde 2014 por um grupo de pessoas que invadiram uma propriedade particular, produtiva pertencente a Fazenda Rodominas, de propriedade da Agroper (Agropecuária Rodominas Ltda).

Segundo uma fonte do Blog Jo Fernandes, os invasores tem desmatado e ateado fogo na área, causando uma tragédia ambiental.

Ainda, segundo a fonte, ao longo desses quase 07 anos de ocupação irregular, o Judiciário tem sido lento em encontrar uma solução legal para a solucionar o caso da invasão. Segundo relatos, os crimes ambientais se agravam a cada ano, também tem causado grande preocupação às diversas Organizações Não-Governamentais (ONGs), que pedem ao Judiciário e ao governo do Estado do Maranhão uma providência definitiva para o caso.

Desde que o governador Flávio Dino assumiu, em 2015, as reintegrações de posse no Maranhão estão paradas, causando um prejuízo ao patrimônio dos proprietários das terras e, o que é mais grave, a perpetuação e agravamento de crimes ambientais cometidos pelos invasores”. Ressaltou.

Ainda, segundo nossa fonte, a propriedade, está arrendada à Suzano Papel e Celulose desde o final de 2012. Os invasores realizaram queimadas na área, causando a morte de grande número de animais e destruindo diversas espécies de árvores, algumas delas em processo de extinção. Nas fotos feitas e enviadas ao blog e atribuídas a propriedade, após o crime ambiental, é possível ver famílias inteiras de macacos carbonizadas pelas queimadas.

Os invasores alegam que o Incra teria manifestado interesse nas terras para fins de reforma agrária. No entanto, a área é particular e, conforme o próprio Incra informou em um ofício, não tem interesse em desapropriar essa área por se tratar de propriedade produtiva”. Disse.

 

ENTENDA O CASO

No final de 2012, a Suzano arrendou a fazenda Rodominas para plantio. No entanto, em 2014, uma gleba pertencente à fazenda, situada em área de Reserva Legal (onde é proibido desmatar), onde há também uma nascente afluente do Rio Pindaré, um dos responsáveis pelo abastecimento do Estado do Maranhão, foi invadida. Desde então, os invasores ampliaram o desmate sobre as áreas ambientais protegidas, abriram vias de circulação para veículos grandes e iniciaram o preparo do terreno invadido para plantios.

Contando com a morosidade do Judiciário e omissão do governo do Maranhão, o grupo vem destruindo matas, caçando, extraindo madeira e cometendo outros crimes ambientais e patrimoniais. Eles começaram a instalar casas e construções de apoio à atividade agrícola na área invadida, onde também já foi instalada até mesmo rede de energia. 

foto divulgação 

Diante dessa verdadeira catástrofe ambiental, ONGs ligadas ao meio ambiente vêm pressionando para que o poder público e a Suzano tomem providências efetivas e enérgicas contra a dilapidação ambiental e também do patrimônio da empresa, cujos prejuízos são estimados em mais de R$ 20 milhões.