Homens do Exército já montaram na região a operação de guerra para desalojar as famílias, num processo que a Justiça de “Desintrusão”.
Mas os posseiros não têm para onde ir, já que o Incra ainda não definiu uma nova área para que eles sejam reassentados.
A decisão de expulsar os lavradores – que já foram chamados até de plantadores de maconha por entidades de defesa da causa indígena – foi do juiz federal Carlos Madeira, que atendeu a ação movida pela Funai.
O objetivo é aumentar a reserva para cerca de 400 índios Awá-Guajá. Curiosamente, estes índios nem são nativos da área, já que são culturalmente nômades, e vêm do Pará.

Lavrador exibe grãos em simbolismo á decisão da Justiça de dar a eles sementes, mesmo sem ter mais onde plantar
O mais grave é que a questão, apesar de ter movimentado o Congresso Nacional nos últimos anos, tem recebido pouca ou nenhuma atenção das autoridades e da imprensa maranhenses.
Até agora, apenas o deputado federal Weverton Rocha (PDT) já tratou do assunto, e tem acompanhado a questão de preto.
O parlamentar, inclusive, já esteve ná área, reunido com as famílias de agricultores, e observando o movimento que está sendo feito pelo Exército.
Na primeira etapa da operação, as famílias serão notificadas de que precisarão deixar suas casas e plantações em um prazo de 40 dias.
Se não sair, o Exército vai tirar na marra. Os lavradores já deixaram caro que não sairão.
E tudo caminha para um desfecho traumático...
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