De acordo com o documento, madeireiros foram surpreendidos por um grupo de indígenas, tendo sido apreendidas duas motos por eles utilizadas, o que motivou represália por parte dos invasores em atitudes intimidatórias, inclusive ameaças, em iminente situação de possível conflito. O documento ainda relata uma possível invasão da Terra Indígena Caru, segundo denúncia de liderança da Aldeia Maçaranduba, a qual estaria sendo ameaçada por indígenas da própria aldeia que pretendem firmar acordo com madeireiros da região.
Para o procurador da República Alexandre Soares, as situações
envolvendo conflitos entre indígenas e madeireiros em razão da
exploração de madeira ilegal no interior de Terras Indígenas e de
flagrantes realizados pelos próprios indígenas não constitui episódios
isolados, sendo recorrentemente narradas ao MPF, “acreditamos que a
ausência de respostas rápidas dos órgãos competentes para agir nessas
situações, tais como presença fiscalizatória constante e
responsabilização dos agentes infratores, estimulam esse tipo de ação”,
disse.
A própria Justiça Federal já reconheceu isso e condenou o Ibama, a
Funai e a União, por meio do processo nº 2008.37.00.005728-5, a manterem
postos de fiscalização para coibir a atividade ilegal de devastação no
interior das Terras Indígenas Alto Turiaçu, Awá Guajá e Caru, com
estrutura e pessoal necessários.
MPF/MA pediu também que a Funai, Ibama e PF adotem medidas urgentes
visando à proteção dos indígenas nas Terras Indígenas mencionadas, e
informe quais medidas foram adotadas, no prazo de 10 dias.
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