Considerada foragida pela Polícia Federal, a prefeita de Bom Jardim, Lidiane Leite (PP), segue sendo procurada após a expedição de um mandado de prisão pela Justiça Federal no bojo da Operação Éden.
Na tarde de hoje (20), os federais chegaram a procurá-la nas proximidades do Hospital Adroaldo Alves, em Bom Jardim. O prédio ficou cercado por populares, mas ela não estava lá.
Em coletiva de imprensa, o superintendente regional da PF, Alexandre Saraiva, pediu apoio da população para localizar a prefeita.
“Solicitamos a todo cidadão de bem do Maranhão que se torne um agente da Polícia Federal e nos auxilie na captura dessa pessoa [Lidiane Leite]”, disse.
Pedrinhas
(Foto: Reprodução/De Jesus/O Estado)
(Foto: Reprodução/De Jesus/O Estado)
O ex-secretário de Assuntos Políticos de Bom Jardim e ex-namorado da prefeita Lidiane Leite (PP), Beto Rocha, e o ex-secretário de Agricultura, Antônio Cesarino, já estão no Presídio de Pedrinhas.
Eles passaram por exame de corpo de delito no IML e foram encaminhados à carceragem.
Na estrada
Beto Rocha foi preso na estrada, na madrugada de hoje. Ele estava a caminho de São Luís – oriundo de Bom Jardim -, quando parou em um posto no Entroncamento, município de Itapecuru, e foi abordado por uma equipe de policiais federais.
Confusão
Um assessor do ex-secretário de Assuntos Políticos de Bom Jardim, Beto Rocha, provocou uma pequena confusão, hoje à tarde, na sede da Polícia Federal, em São Luís.
Na saída dele rumo ao camburão, o auxiliar tirou a camisa para tentar encobrir as algemas de Rocha.
Foi duramente repreendido por um agente federal e expulso do local.
Indignado
O delegado regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado, Fabrizio Garbi, se disse “indignado” com o desvio de verbas da merenda escolar. Só em uma licitação, a PF estima em R$ 1 milhão o desvio.
“Eu fico indignado. Crianças estavam sendo mandadas embora da escola mais cedo simplesmente porque não havia merenda”, explicou.
R$ 15 milhões
Apesar de o desvio estimado pela PF ser de R$ 1 milhão apenas em uma fonte de recursos federais, o delegado Ronildo Lages, chefe da Delegacia de Repressão aos Crimes Patrimoniais, não descarta que o esquema de corrupção em Bom Jardim tenha consumido os R$ 15 milhões estimados pela promotora Karina Chaves (reveja).
Equipe
A Operação Éden contou com a participação de 18 agentes e delegados da Polícia Federal, segundo o delegado Ronildo Lages, chefe da Delegacia de Repressão aos Crimes Patrimoniais.