A deputada Francisca Primo
(PCdoB), na sessão de terça-feira (19), cobrou esclarecimentos do
superintendente regional do Banco do Brasil, Igor Júnior, sobre a paralisação
dos serviços bancários no município de Buriticupu.
Há dez meses ocorreu um
assalto no banco e até o momento os serviços não foram restabelecidos, por
isso, a deputada protocolou um requerimento solicitando informações sobre o
real motivo da paralisação do atendimento que está causando sérios transtornos à
população de Buriticupu. “A impressão que dá é que não estão dando a devida
importância para o problema que está causando um grande transtorno para a
população de Buriticupu”, acentuou Francisca Primo.
A deputada afirmou ainda que
o mesmo problema já ocorreu em outros municípios e as agências estão
funcionando normalmente. “O cidadão não pode pagar pelo delito dos vândalos. Se
falta segurança, contrate-o, peça ao Estado, procure onde for necessário, mas
resolva esse problema, uma vez que a agência se encontra em perfeito estado”,
disse Francisca Primo enfatizando que o banco está realizando apenas
atendimento interno já há algum tempo, mas sem data para atendimento normal,
inclusivo os saques e transferências de quantias maiores.
Economia.
O município depende da
unidade bancária para movimentar a economia da cidade, por isso, a deputada
pediu à Superintendência do Banco do Brasil que olhe com atenção para a
situação de Buriticupu, pois a falta de atendimento está prejudicando os
comerciantes, os funcionários públicos, os pensionistas e aposentados e todas
as pessoas que recebem seus proventos ou precisam fazer alguma
transição bancária naquela agência. Eles têm que se deslocar para outros
municípios para fazerem as transações bancárias.
“Os comerciantes não sabem
mais o que fazer, pois os funcionários se deslocam por mais de cento e vinte
quilômetros para receberem os seus salários e lá mesmo fazem suas compras,
deixando o comércio de Buriticupu sem vender. Isso é um descaso”.
De acordo com Francisca
Primo, em 7 de abril de 2016, o responsável pelo Núcleo Regional da
Defensoria Pública de Buriticupu, Tales Alessandro Dias Pereira, em
respeito e na defesa da dignidade dos consumidores buriticupuenses,
ajuizou uma ação civil pública em face do Banco do Brasil, com o
objetivo principal de impor ao Banco o restabelecimento pleno de
serviço bancário prestado ao município de Buriticupu no prazo de trinta
dias, com multa diária de vinte mil reais.
Em 5 de maio, o juiz
de direito Duarte Henrique Ribeiro de Sousa concedeu
a liminar para que, no prazo de quarenta dias ocorresse o
restabelecimento pleno de serviço bancário prestado pela agência no município
de Buriticupu, em especial, aquele relacionado a depósitos, pagamentos e saques
em espécie. Mas, até a presente data, o banco continua sem funcionar.
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