
Ao todo, cerca de 80 policiais federais, com o apoio de servidores
da Controladoria-Geral da União, dão cumprimento a sete mandados de prisão
preventiva e nove mandados de busca e apreensão, nos estados de Pernambuco e
Maranhão; todos expedidos pela 13ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco.
Também foi determinado o sequestro dos bens de todos investigados, como forma
de garantir o ressarcimento dos prejuízos causados aos cofres públicos.
Os documentos apreendidos na primeira fase da Operação Torrentes revelaram
que um dos grupos empresariais favorecido pelo esquema criminoso também fora
beneficiado com contratos firmados com o Corpo de Bombeiros Militar do estado
do Maranhão, nos anos de 2013 e 2014. A Instituição auxiliou vítimas da forte
seca que atingiu o Estado naqueles anos. De acordo com as investigações,
foram executadas diversas irregularidades praticadas pela Secretaria da Casa
Militar de Pernambuco, na aplicação dos recursos federais repassados para o
atendimento da população atingida pelas fortes chuvas que assolaram a mata sul
pernambucana nos anos de 2010 e 2017.
Também foi constatado que valores eram creditados pelo Corpo de
Bombeiros na conta da empresa fornecedora investigada. Parte deles era
repassada diretamente para as contas bancárias de oficiais daquela instituição,
inclusive da alta cúpula, ou para as contas de um operador, que se encarregava
de transferir-lhes a vantagem indevida. Indícios também apontam
superfaturamento nos contratos, em virtude de preço quase 30% superior ao de mercado
e também do não fornecimento integral do objeto pactuado, os quais podem
totalizar um prejuízo de mais de R$ 10 milhões aos cofres públicos.
Os presos de Pernambuco serão trazidos para a sede da Polícia
Federal, onde serão interrogados. Após serem ouvidos, serão encaminhados ao
Cotel e à Colônia Penal Feminina; os militares, a uma instituição designada
pelo Comando da Polícia Militar dos seus respectivos estados.
. Comunicação da Polícia Federal em Pernambuco
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