De acordo com a Superintendência Regional do Trabalho do Maranhão (SRTE-MA), foram resgatados 59 trabalhadores em condições semelhantes à de escravidão no estado em 2019. A maioria dessas pessoas foram localizadas em regiões de difícil acesso, que dificultam o trabalho das equipes de resgate.

O Maranhão concentra 23% de todos os trabalhadores que são resgatados nessas condições em operações que são realizadas em todos os estados da federação. Podem ser caracterizados como trabalho escravo situações de trabalho forçado, jornada exaustiva, condições degradantes e o o direito de ir e vir afetado.
 
As denúncias continuam sendo uma importante ferramenta para erradicar o trabalho escravo no estado. Segundo o secretário estadual de Direitos Humanos, Francisco Gonçalves, as políticas públicas que são desenvolvidas por estados e municípios também são importantes para diminuir esse tipo de trabalho.

Nós realizamos um trabalho de prevenção com a Caravana da Liberdade, que realizamos todos os anos. Ao mesmo tempo, nós compomos a rede de trabalho de prevenção ao trabalho escravo e desenvolvemos políticas públicas de combate e produção de renda, capacitação, nas áreas de incidência com maior número de pessoas resgatadas e aliciadas para o trabalho escravo”, disse Francisco Gonçalves.
 
Nesta terça-feira (28), data que é instituída o Dia Nacional do Auditor-Fiscal do Trabalho, foram apresentadas as metas e desafios para as ações que serão realizadas durante todo o ano de 2020, durante uma reunião realizada em São Luís.
A data foi escolhida no dia em que auditores-fiscais foram assassinados no interior de Minas Gerais em 2004, durante uma inspeção para apurar denúncias de trabalho escravo, no que ficou conhecido como ‘Chacina de Unaí’.

A gente percebe uma oscilação. Em 2018, no Maranhão, foram encontrados em condições de trabalho escravo 42 trabalhadores. Em 2019, foram 59. Paulo, então aumentou? Não necessariamente. Quando a gente pega dos últimos cinco, dez anos, isso tem reduzido, mas, ainda assim, é muito preocupante. Um trabalhador que seja, que esteja submetido a condições de degradantes, é uma vida que está em condições que não deveria estar. É desumano”, afirma Paulo Lásaro, chefe da seção de inspeção do trabalho.
Por G1 MA