Uma
nota conjunta foi elaborada por dez instituições maranhenses nesta terça-feira,
31. O documento defende o isolamento social como forma de prevenção ao
coronavírus.
No documento, as instituições defendem que “deve-se observar que a OMS persiste nas recomendações de isolamento domiciliar como sendo a medida de maior eficácia contra a nova pandemia, sendo testada e trazendo resultados positivos em diversos países que tentam debelar a nova moléstia”.
No documento, as instituições defendem que “deve-se observar que a OMS persiste nas recomendações de isolamento domiciliar como sendo a medida de maior eficácia contra a nova pandemia, sendo testada e trazendo resultados positivos em diversos países que tentam debelar a nova moléstia”.
Leia abaixo a Nota
NOTA CONJUNTA
O
Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, o Ministério Público do Estado do
Maranhão, o Ministério Público Federal (MPF) no Maranhão, a Assembleia
Legislativa do Estado do Maranhão, a Defensoria Pública do Estado do Maranhão,
o Tribunal de Contas do Estado do Maranhão, o Tribunal Regional Eleitoral no
Maranhão, o Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região, o Ministério Público
do Trabalho no Maranhão e a Ordem dosAdvogados do Brasil, seccional Maranhão,
vem a público reforçar a importância da manutenção das medidas de prevenção
recomendadas pela comunidade científica de saúde para conter o avanço do novo
coronavírus (Covid-19) no Maranhão, conforme Decreto de Calamidade Pública
expedido nos âmbitos Federal e Estadual.
Deve-se
observar que a Organização Mundial de Saúde –OMS persiste nas recomendações de
isolamento domiciliar como sendo a medida de maior eficácia contra a nova
pandemia, sendo testada e trazendo resultados positivos em diversos países que
tentam debelar a nova moléstia.
As
medidas impostas pelo Decreto nº 35.672, de 19 de março de 2020, pelo qual foi
declarado o estado de calamidade pública no estado do Maranhão, e pelo Decreto
nº 35.677, de 21 de março de 2020, que implantou o isolamento social, com as
exceções previstas no dispositivo, estão embasadas em argumentos médicos e
científicos e seguem práticas reconhecidas por outros países no enfrentamento
da pandemia.
É
necessário, nesse momento de crescimento da curva de contágio viral, que tais
medidas sejam cumpridas fielmente pela população, como a melhor forma de conter
os assustadores e crescentes registros de mais de 4 mil infectados e 120
óbitos, que continuam a crescer, inclusive já tendo registrado óbito no
Maranhão por esta moléstia.
E a
prática da restrição do convívio social é, como indicam as projeções de
diversos estudos científicos nacionais e internacionais, a forma mais eficaz
para evitar a disseminação. Em contrapartida, as consequências em não se adotar
o isolamento domiciliar preventivo são catastróficas, com número de contágio e
mortes em crescimento exponencial.
As limitações ditadas por especialistas sanitários
pretendem evitar, no Brasil, o que infelizmente já se confirmou em países como
China, Itália, Estados Unidos e Espanha: a dizimação em massa de pessoas
acometidas pela doença. No mundo, já são mais de 600 mil infectados e 30 mil
mortes, segundo a OMS. Uma verdade catástrofe humanitária.
Destaca-se,
portanto, que este nãoé o momento para formação de grupos de pessoas ou
multidões nas ruas. É importante reforçar que mesmo para estabelecimentos
autorizados a funcionar (mercados, supermercados, farmácias, drogarias e
similares, além das indústrias), são exigidas medidas de proteção aos
funcionários, clientes e colaboradores, observando-se todas as recomendações
como, por exemplo, o distanciamento de 1,5m entre cada pessoa.
Conclamamos
a todos, neste momento de extrema gravidade, a mantermos a união social e
política, haja vista que o momento não enseja radicalismos de natureza
político-partidária ou ideológica, que somente poderão levar ao caos social
enquanto que, na verdade, precisamos respeitar as opiniões diversas, sob o foco
da pluralidade de pensamentos, mas sem deixar de cumprir os comandos legais e
regularmente em vigor.
O
TJ/MA, MPE/MA, MPF/MA, AL/MA, DPE/MA, TCE/MA, TRE/MA, TRT/MA, MPT/MA e OAB/MA
permanecem atuantes e atentos à defesa dos direitos e preservação da vida dos
cidadãos maranhenses. O momento recorda ouvir a voz lúcida da comunidade
científica mundial: fiquem em casa para preservação das vidas.
São
Luís, 31de março de 2020.
José
Joaquim Figueiredo dos Anjos
Presidente
do TJ/MA
Luiz
Gonzaga Martins Coelho
Procurador-Geral
de Justiça do MPE/MA
José
Raimundo Leite Filho
Procurador-Chefe
do MPF/MA
Othelino
Neto
Presidente
da Assembleia Legislativa do Maranhão
Alberto
Pessoa Bastos
Defensor
Público-Geral da DPE/MA
Raimundo
Nonato de Carvalho Lago Júnior
Presidente
do TCE/MA
Cleones
Carvalho Cunha
Presidente
do TRE/MA
Américo
Bedê Freire
Presidente
do TRT/MA
Maurel
Mamede Selares
Procurador-chefe
do MPT/MA
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