O juiz Flávio Gurgel, titular de Bom Jardim, realizou nesta quinta-feira (11) uma sessão do tribunal do júri na unidade judicial. O réu foi Daniel Santos Sousa, acusado de crimes de assassinato e estupro que teve como vítima a mulher Thays Andrade da Silva. O caso chocou a população local, causando grande comoção. Ao final, Daniel foi considerado culpado pelo conselho de sentença, recebendo a pena de 39 anos e 4 meses, a ser cumprida, inicialmente, em regime fechado.



Destaca a denúncia do caso que, em 19 de agosto de 2019, o denunciado Daniel, conhecido pelos apelidos de ‘Filho do Pastor’ e ‘Homem-Aranha’, teria consumado contra a vítima Thays, universitária de 26 anos de idade, os crimes de homicídio e estupro. Narra que o homem invadiu a residência da vítima, subindo por um poste que fica em frente à janela do quarto de Thays, que morava sozinha. De acordo com o processo, o denunciado conhecia a vítima há vários anos, pois o pai adotivo dele é casado com a mãe de Thays
Conforme apurado pela polícia, no dia do crime, o denunciado utilizou-se de suas habilidades em escalada, aplicadas em diversos crimes em Bom Jardim, e escalou o poste de energia elétrica que fica localizado em frente à residência da vítima, momento em que o denunciado abriu a janela de vidro e invadiu a casa de Thays, que gritou por socorro assim que percebeu a presença de Daniel. Ele teria segurado ela pelo braço e a impediu de sair. Apesar de ter afirmado que não praticou estupro, o denunciado praticou conjunção carnal e demais atos libidinosos com a vítima, como posteriormente comprovado em exame de DNA. 



A vítima, na tentativa de não ser abusada sexualmente, gritava repetidamente por ‘socorro’ e teria se debatido muito, chegando a arranhar o rosto e o pescoço do réu. Tais fatos foram corroborados por uma testemunha, que disse ter escutado gritos de socorro da vítima. Após se certificar da morte da mulher, o denunciado a colocou deitada na cama e a cobriu para, em seguida, sair pela janela, escalando o poste de energia elétrica e empreendendo fuga do local do crime. Conforme consta na Certidão de Antecedentes Criminais, o denunciado é corriqueiro na prática de pequenos crimes, sendo egresso do sistema prisional por diversos furtos praticados em Bom Jardim. Thays teria sido morta por estrangulamento. 



Em depoimento, a mãe de Thays disse que a morte da filha foi uma forma de Daniel se vingar, por ter sido expulso de casa. Após ser capturado, em depoimento na Delegacia de Polícia, o denunciado confessou que matou Thays Andrade da Silva, que é egresso do Sistema Prisional Brasileiro, pela prática de três furtos, mas estava em liberdade condicional desde o início do mês de agosto de 2019.






Assessoria de Comunicação
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