O Poder Judiciário realizou nesta quinta-feira, 23, uma sessão de julgamento, na qual constou como réu Wellington Gomes de Azevedo. Ele estava sendo julgado sob acusação de ter matado a tiros Ricardo de Sousa Fernandes. A sessão do Tribunal do Júri ocorreu em Pio XII, sob presidência do juiz Raphael Leite Guedes, titular da 4ª Vara de Santa Inês e respondendo por Pio XII. Ao final, o conselho de sentença decidiu que Wellington era culpado. A ele, foi imposta a pena de 8 anos de reclusão, a ser cumprida inicialmente em regime fechado.
Narraram os documentos do processo, em resumo, que no dia 19 de outubro de 2020, por volta das 17h, em uma residência localizada no Povoado Cigana, zona rural do município de Satubinha, o denunciado, com clara intenção de matar e utilizando recurso que dificultou/impossibilitou a defesa da vítima, teria desferido disparos de arma de fogo contra Ricardo, que não resistiu e morreu. À época dos fatos, a vítima e sua companheira, de nome Beatriz, estavam em casa, ocasião em que uma pessoa chegou ao local e bateu à porta. Ato contínuo, Beatriz, após a vítima lhe pedir para verificar quem estava batendo, abriu a porta e se deparou com o denunciado.
TIROS DE SURPRESA
De pronto, ele teria perguntado por uma pessoa conhecida como ‘Neguinha’, mãe de Ricardo. Diante disso, após Beatriz responder que a mulher não estava, Wellington, então, perguntou pela vítima. Sem pedir permissão, o denunciado adentrou no local, encontrando Ricardo no quintal. Ato contínuo, o denunciado aproximou-se da vítima a chamou para conversar. Pouco tempo depois, de maneira inesperada, Wellington teria sacado uma arma de fogo, efetuando três tiros contra Ricardo. Após a prática delitiva, o denunciado empreendeu fuga. Ricardo morreu ainda no local.
Os fatos chegaram ao conhecimento da Polícia Civil por meio dos familiares da vítima, procedendo-se, então, as diligências para averiguação do caso. Ouvidas testemunhas/informantes sobre os fatos, todas apresentaram declarações semelhantes ao acima narrado. O interrogatório de Wellington não se fez possível em razão dele não ter sido localizado. “Logo, o motivo para a prática de homicídio consumado simplesmente por mera discussão banal, irrelevante e pequena, revela a conduta desproporcional e desarrazoada do acusado para o cometimento do delito no interior da casa da vítima. A vítima morreu deixando sua companheira, Beatriz, grávida”, relatou a denúncia.
Assessoria de Comunicação
Corregedoria Geral da Justiça
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