prefeito José Gomes
Em e-mail enviado ao BLOG: JO FERNANDES, Dr. Werick, cirurgião dentista, funcionário concursado da Prefeitura de Buriticupu-MA no Vale do Pindaré, relata uma série de irregularidades praticadas pela administração do prefeito de Buriticupu-MA, José Gomes Rodrigues(PRB).

  Veja a integra da denúncia.

“A Odontologia não faz parte da área da
Saúde no Governo do Novo Tempo,

Sempre quando ouço falar nas “melhorias” na área da saúde no município de Buriticupu, como cirurgião dentista sempre me pergunto! Será que essa administração acha que a odontologia não faz parte da área da saúde?

Pois é o que parece! Haja vista que o atual prefeito nunca se reuniu com a classe dos dentistas! Fato no mínimo estranho, nunca tinha visto antes um prefeito de primeiro mandato deixar de se reunir com uma classe de suma importância dentro do contexto da saúde, e da grande necessidade que a população tem dos nossos serviços, deixando passar 3 anos e meio, sem sequer ouvir a classe, que por sinal trabalha no regime da boa vontade, com salários defasados sem reajustes há mais de 08 anos! Que não recebem adicional de insalubridade, muito embora chegamos muitas vezes a trabalhar em condições insalubres e indignas, tanto para os profissionais quanto para os pacientes. Equipamentos sucateados, ultrapassados, métodos de esterilização ultrapassados, falta de materiais, somando-se a esse cenário, temos ainda as picuinhas, perseguições patéticas, informações que deveriam ser passadas através de documentos, são passadas através de recados, informações desencontradas, etc...

Agora, reunião do gestor com a classe, nunca tivemos.

Como se não bastasse as dificuldades expostas, à administração apareceu com uma novidade esdrúxula nos últimos meses! Que são descontos de “faltas” que não tivemos! Sendo que no mês que começaram os descontos, tal fato só ocorreu comigo e nem um outro dentista, caracterizando tratamento diferenciado, ou quebra no princípio da isonomia. Não é difícil pra qualquer um entender que falta é quando o funcionário não comparece ao trabalho, se os dentistas assim como os médicos vão até a unidade de saúde para atender pacientes que são, diga-se de passagem, pré-agendado! Após o término do atendimento vão ficar fazendo o que na unidade? Pois agora tiveram a ideia genial de alegar não cumprimento de horário para funções com características específicas como as nossas, sem contar que após o nosso atendimento, é necessário que os instrumentais sejam lavados e esterilizados.

Esse assunto já havia sido pauta de reunião, na secretaria de saúde no ano passado, com o secretário de saúde e na ocasião com o departamento jurídico da prefeitura, fato esse que inclusive achamos estranho e desnecessário na época, mas até os próprios representantes do jurídico diante das dificuldades expostas pela classe na ocasião, admitiram que por uma questão de razoabilidade eram necessárias que fossem feitas concessões. Diante de direitos que nos estavam sendo negados como, reajustes salariais devido às perdas inflacionárias, falta do adicional de insalubridade, condições de trabalho precárias, falta de contra partida, etc. Ficando acordado que o que não poderia ser melhorado, não seria piorado, e houve na ocasião promessas de melhorias que não foram cumpridas.

Diante do exposto, somos agora surpreendidos com os chamados descontos por faltas, que além disso são seletivos (não são pra todos), critérios diferentes para condutas iguais, gerando um clima de insatisfação no mínimo incoerente pra quem pretende disputar uma reeleição em breve.

A saúde do município nessa gestão  já teve 02 secretários, a odontologia nessa atual administração já teve cinco coordenadores! O que mostra no mínimo instabilidade. Assim como o problema que todo mundo vê, que são as chamadas nomeações que não obedecem critérios técnicos e sim favorecimento políticos. O que a população precisa é de pessoas capacitadas ocupando cargos e não de inúteis assalariados!!!

Porque nossos coordenadores não são escolhidos pela nossa categoria?
 Para que de fato possam nos representar e serem interlocutores para dirimir eventuais conflitos ao invés de marionetes, impotentes e sem voz, escolhidos conforme as conveniências da administração. 
Que legitimidade pode ter um coordenador que não é aceito por quem deveria representar?

Como poderia questionar descontos salariais seletivos na classe?

E como podem ser feitos esses “cálculos” para os referidos descontos? Se não há ponto eletrônico como o “RH” pode saber que horas o funcionário chegou e que horas saiu com precisão? sendo assim é no chutômetro? Como pode o dentista tomar falta se ele atendeu a todos que estavam agendados?
 Quais são os reais motivos dessa conduta da administração agora após 3 anos e meio?
 Porque o prefeito nunca se reuniu com os dentistas?
Vamos ser obrigados a parar o atendimento?

E diante disso vamos precisar pedir a intervenção do ministério público? E como fica a população que precisa do atendimento?

Deixo essas perguntas para reflexão, ponderando que eventuais críticas não são pessoais e respeitamos a opinião de todos, mesmo sabendo que alguns não tem maturidade nem capacidade para separar as coisas, e isso só começa a ser compreendido quando paramos de pensar somente em nossos interesses, e passamos a pensar no que é melhor para todos. O bem coletivo!”


Por Werick Morais.