Como resultado
de Denúncia oferecida, em 10 de julho de 2018, pelo Ministério Público do
Maranhão (MPMA), o ex-prefeito de São João do Caru, Jadson Lobo Rodrigues, foi
condenado, em 6 de agosto, ao pagamento de 50 cestas básicas por mês, durante
um ano, à Pastoral da Criança do município e à prestação de serviços à
comunidade.
A punição substitui a condenação do
ex-gestor à pena de dois anos de reclusão. A determinação judicial foi
comunicada ao MPMA em 15 de agosto.
A sentença, proferida pelo juiz Bruno Pinheiro,
acolhe a manifestação formulada pelo promotor de justiça de Bom Jardim, Fábio
Santos de Oliveira. São João do Caru é termo judiciário da Comarca de Bom
Jardim.
DENÚNCIA
A Denúncia do MPMA foi motivada pela
omissão do ex-gestor em fornecer informações sobre dois procedimentos
licitatórios para construção de quatro escolas municipais.
Em fevereiro de 2017, o MPMA solicitou
informações sobre as Concorrências 01/2016 e 02/2016 e a Prefeitura de São João
do Caru afirmou que não havia procedimentos licitatórios para a construção das
escolas.
Em abril de 2018, a Promotoria requisitou o
encaminhamento, em 10 dias úteis, das cópias das concorrências. “Apesar de ter
sido notificado no dia 10 de abril, o prefeito apenas apresentou um pedido de
prorrogação de prazo no dia 30 daquele mês”, relata o promotor de justiça.
Para o MPMA, a omissão configurou “uma
recusa ao fornecimento de dados indispensáveis para a propositura de ação civil
pública para responsabilizá-lo pela indevida contratação de empresa nas referidas
concorrências”.
Um procedimento administrativo foi
instaurado para apurar a falta de prestação de contas sobre recursos do
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o desaparecimento de
documentos públicos. A Prefeitura informou novamente que Jadson Rodrigues havia
retirado todos os documentos referentes à licitação dos arquivos municipais.
“Mesmo notificado pessoalmente, em 10 de
abril de 2018, para apresentar os documentos subtraídos e prestar
esclarecimentos, o réu permaneceu inerte, novamente, impedindo as investigações
do MPMA”, afirmou Fábio Santos de Oliveira, na Denúncia.
Redação: CCOM-MPMA
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