A 4ª Vara da Comarca de Santa Inês retomou a pauta de julgamento do Tribunal do Júri de 2022. As sessões foram iniciadas no dia 7 de abril e seguem com mais seis reuniões agendadas neste semestre. As próximas sessões serão realizadas em 20 de abril; 5, 12 e 18 de maio; 29 de junho e 20 de julho.

 “Não há mais nenhum processo pendente para ser colocado em pauta na 4ª Vara de Santa Inês”, enfatizou o juiz Raphael Leite Guedes, presidente do Tribunal do Júri. Segundo o juiz, depois do retorno das sessões presenciais, em maio do ano passado, foram realizadas 10 sessões de julgamento.  

Na primeira sessão deste ano, em 7 de abril, o Tribunal do Júri julgou uma ação penal movida pelo Ministério Público Estadual contra Adeilson Fernandes Lima (“Índio”), Talisson Silva Santos (“Latró), Naylson Soares do Carmo, Viterral Braga de Sousa (“De Menor”) e João Batista Cardoso Costa (“Jojoca”) pelo assassinato de Antônio Marcos Lima Vieira – o “Marcos de Olinda”. 

FACÇÃO CRIMINOSA PCC.

Segundo a denúncia do Ministério Público, os réus são membros da facção PCC (Primeiro Comando da Capital) e determinaram a morte da vítima por ela ser considerada “X9 da polícia”. 

O crime aconteceu no dia 14 de outubro de 2017, no “Bar do Davi'', (Rua Nova Brasília, bairro Palmeira, Santa Inês), Talisson Silva Santos, fez cinco disparos com arma de fogo contra a vítima Antonio Marcos Lima Vieira, acertando quatro disparos e causando a sua morte, e, ainda, atingindo o joelho de Antônio Martins de Oliveira Neto, que foi levado ao hospital.

No decorrer da ação na Justiça, foi declarada a extinção da possibilidade de punição de Viterral Braga De Sousa, por falecimento, e João Batista Cardoso Costa quanto à acusação de homicídio, diante da falta de provas suficientes de autoria ou participação no crime. 

Ao final do primeiro julgamento, os réus foram absolvidos por decisão do Conselho de Sentença, conforme os argumentos da defesa e parecer favorável do Ministério Público.

Participaram dessa primeira sessão do Tribunal do Júri o promotor de justiça Dr. Moisés Caldeira Brant, e a Defensora publica Dra. Evyly Melo

POLICIAIS MILITARES

No próximo julgamento, em 20 de abril, às 8h30, o Tribunal do Júri se reunirá para o julgamento do homicídio praticado pelos policiais militares Antonio José Ribeiro Neto (“R. Neto”) e Zózimo Castro Câmara contra Antonio Alan Rodrigues (“Alanzinho”), pelo fato de a vítima ter se negado a participar dos homicídios praticados pelo banco comandado por Alberto Geraldo Leão de Sousa (“Geraldinho Catingueiro”) - que morreu durante a tramitação da ação penal na Justiça. 

Na convocação da sessão do Tribunal do Júri, o juiz informa que, em relação ao terceiro policial militar envolvido no crime, Raimundo Alves da Cunha (“Cabo Alves”), a quem pertence a arma usada no crime, o processo foi desmembrado e será julgado em separado, pelo fato desse réu estar foragido.